“No dia 16 de Fevereiro Nenuco e Pastelita escolheram a Serra do Buçaco para efectuarem uma caminhada, nomeadamente o PR2 – Na Rota dos Moinhos do Buçaco.”
O título deste percurso induz um pouco em erro, tendo em conta que nos leva a pressupor que vamos encontrar vários moinhos ao longo do mesmo, o que não acontece. Os moinhos encontram-se apenas na Portela de Oliveira, local onde está situado o Museu do Moinho e local escolhido para a partida e chegada da caminhada. Aqui pode-se admirar o vasto conjunto de moinhos, onde a sua maior parte se encontra em muito bom estado de conservação o que nos leva a recomendar este local como um local de interesse a visitar, até porque é também um local muito cativante tendo em conta que é um ponto bastante alto (o mais alto do percurso) e que nos brinda com uma bonita paisagem, apesar do nevoeiro matinal não nos deixar ver até muito longe, o que no entanto, também não deixou de ter o seu encanto, até porque a observação das serras circundantes puderam ser observadas quando de regresso no final do dia.
Não posso deixar de salientar o nosso desapontamento para o facto de o percurso estar bastante mal sinalizado, deixando-nos por várias vezes à “deriva”. Aconteceu logo no seu inicio entre a Portela de Oliveira e S. Paulo, onde sensivelmente a meio das duas localidades deveríamos ter entrado num trilho à esquerda que nos levaria rapidamente a S. Paulo, mas no local existem apenas umas setas no chão, situação que nos deixou duvidas se seriam realmente para nós. Preferindo jogar pelo seguro continuámos pela estrada de alcatrão, que nos levou à localidade onde avistámos a primeira marca vermelha e amarela, havendo depois uma boa sinalética até ao Ponto de Água do Avelêdo. Neste local a falta de informação fez com que voltássemos a falhar o caminho ao seguirmos as únicas marcas visíveis que nos levaram a contornar a “lagoa” e subir, ao invés de seguirmos a estrada de alcatrão em direcção ao Carvalho. Só quando chegámos ao Carvalho Velho e encontrámos as placas indicadoras de Portela de Oliveira e Carvalho cortámos na direcção deste último, efectuámos a visita e seguindo as marcações, quase voltámos à “lagoa” onde optámos por voltar pelo mesmo caminho até ao cruzamento inicial. No primeiro cruzamento após a saída da aldeia ficamos sem saber a direcção a tomar, servindo-nos apenas do nosso sentido de orientação durante alguns quilómetros, até voltarmos a avistar de novo outra marcação.
É de lamentar que percursos que se dizem assinalados originem que se ande na Serra durante alguns quilómetros sem termos a segurança de andar pelo trilho recomendado, ou mesmo forçando os caminhantes a efectuarem alguns quilómetros a mais além dos inicialmente propostos, mesmo sendo este um percurso pequeno. Sugerimos ao Município de Penacova que teste a sinalização, para que tal não aconteça com outros caminhantes no futuro, a fim de se poder ter confiança no serviço prestado e no bom nome dos percursos do Concelho.
Apesar destes contratempos foi uma caminhada bastante agradável, com várias “cascatas” originadas pelas chuvas dos últimos dias, nalguns locais foi mesmo necessário colocar pedras para simplificar a passagem sem molhar os pés.
Este foi um percurso de cerca de 10 kms, tendo nós com os enganos andado seguramente mais 2 ou 3 km por entre terrenos agrícolas, pinheiros, acácias e eucaliptos entre outras espécies. Apesar de tudo foi com grande satisfação e alegria que o chegamos ao nosso ponto de partida tendo mais uma vez a sensação de missão cumprida.
Folheto PDF
Informação do Percurso