domingo, 22 de junho de 2014

PR1 - Quedas de Água das Paredes - Trilhos de Terra e Água

No passado dia 20 de Julho, Nenuco e Pastelita efectuaram o Percurso Pedestre das Quedas de Água de Paredes, no concelho de Mortágua

Era ainda cedo quando chegámos a Mortágua, após o cafézinho e a tentativa de encontrarmos o posto de turismo aberto em busca de mais informação, fizemos uma rápida visita à vila, nomeadamente ao bonito Jardim da Praça 25 de Abril e à Igreja Matriz.

Seguimos pela estrada que faz ligação a Águeda, passando a localidade de Carvalhal saímos à direita e após passarmos a Ponte das Laceiras encontrámos, junto à estrada, a placa de início do percurso.

O Percurso Pedestre das Quedas de Água de Paredes segue o curso da Ribeira de Paredes, que também é apelidada de Ribeira dos Moinhos. Até à aldeia de Paredes passámos pelas ruínas de diversos moinhos de rodízio, onde junto de alguns o espaço foi aproveitado para a criação de agradáveis áreas de repouso. 

Ao longo de todo o caminho ouve-se o som de água a correr, o chilrear dos pássaros e o coaxar das rãs, tivemos mesmo a sorte de fotografar algumas, assim como um gordíssimo sapo e um caracol, que apesar de se esforçar não conseguiu fugir-nos… Em alguns locais o caminho é um pouco escabroso, mas é um percurso que não apresenta grandes dificuldades, tendo apenas uma pequena subida com alguma dificuldade após o lavadouro, na chegada à aldeia.

Chegados à aldeia de Paredes, circundada por férteis campos agrícolas, seguimos á direita, voltando a encontrar a ribeira. Primeiro por trilho, depois por estradão de terra pelo meio da floresta, fomos conduzidos às Quedas de Água. Este local poderia ser o paraíso, não fossem os vestígios da presença humana, pois os dois recipientes para o lixo existentes no local encontravam-se a transbordar, andando já algum lixo espalhado no chão. Além da escassez de recipientes para o lixo poderão faltar também mais alguns meios de apoio, nomeadamente bancos e mesas, pois neste local apenas existe um banco e tal como nós, os visitantes poderão aproveitar o local para petiscar alguma coisa, para depois efectuarem os 7 kms de regresso ao ponto de partida.

Acabado o repasto subimos por umas pedras do lado direito da cascata e deparamo-nos com outra cascata ainda maior e mais espectacular, aqui sim… era o paraíso… uma enorme queda de água caindo numa piscina natural, valeu a pena o esforço da pequena escalada até ali.

O caminho de regresso foi efectuado em marcha acelerada, já debaixo de chuva com os trovões já a fazerem-se ouvir, mas nem os indícios de mau tempo nos impediram de fazer uma última visita ao moinho da Laceira. 

O trilho apresentava-se em geral limpo e bem cuidado, estando apenas a necessitar da limpeza de alguma erva. Apesar das marcas vermelhas e amarelas serem bastante escassas, talvez já desaparecidas com o passar do tempo, em momento algum tivemos duvidas no caminho a seguir, visto que nos sítios estratégicos havia sempre uma placa de sinalização vertical. 

E lá vamos nós, Nenuco e Pastelita, debaixo de chuva torrencial, mas felizes e contentes com a descoberta de mais um bocadinho de Portugal, deixando a recomendação de que este deverá ser mais um paraíso a ser visitado, mas não esqueçam: “Se os recipientes do lixo estiverem cheios, tragam o lixo convosco…“

Folheto em PDF

Informação do Percurso