sábado, 27 de dezembro de 2014

PR1 - Trilho da Fonte Falsa - Juncal Norte

Para terminar o ano de 2014, Nenuco e Pastelita escolheram um trilho de 7km, com um grau de dificuldade baixo, para “matar o bichinho” das caminhadas e conhecer mais um bocadinho do nosso Portugal

Rumámos novamente ao concelho de Porto Mós, mais precisamente à Freguesia do Juncal, para, por entre estradas de alcatrão e caminhos de terra batida ficarmos a conhecer um pouco mais do nosso país.

O nosso cartão-de-visita foi a Capela de Nossa Senhora de Fátima anexa à Casa Solarenga, uma casa apalaçada, vindo a saber posteriormente que esta capela foi construída por um particular, em cumprimento de uma promessa a Nossa Senhora de Fátima. Seguimos depois até à Junta de Freguesia onde se iniciava o percurso. Nesta altura o largo ainda se encontrava adornado com os enfeites alusivos à época que atravessávamos.

Seguindo pela Rua dos Carvalhos percorremos as ruas da localidade por estradas de alcatrão, cortando a meio da Rua dos Olivais para um caminho de terra que nos levou ao Monte do Talho Redondo onde está situado o Cruzeiro, cruzeiro este, testemunho da fé dos habitantes desta localidade. Daqui vislumbra-se uma vista excelente sobre toda a vila, sobre as fábricas do cimento de Maceira e Pataias e sobre o pinhal que se estende pelo horizonte quase até ao mar, sendo um local de excelência para se fazerem uns picnics.

Após visitada a zona, seguimos por entre campos agrícolas até à Capela de S. Miguel, descendo depois umas escadas rasgadas no solo em direcção ao Caminho do Ribeiro. Chegando ao fundo deve virar-se à esquerda e não à direita como está na descrição do folheto, pois devido a este facto andámos perdidos durante algum tempo.

Encontrado o caminho correcto, seguindo a nossa intuição e contrariando a indicação do folheto, voltámos a encontrar as marcações ao fundo da estrada onde iríamos virar à direita, passando um pontão sobre a ribeira e seguindo por um estradão de terra batida, de onde se obtém uma vista espectacular sobre o Vale do Ribeiro, sempre seguindo junto às vinhas que se alinham à nossa direita.

Passando por uma zona de pinheiro manso, descemos até ao inicio do Caminho da Fonte Falsa. Este caminho agora protegido por um passadiço de madeira era utilizado para fazer a ligação entre as povoações que estavam mais a Norte.com a Vila do Juncal.

Deixando este trilho, virámos à esquerda no alcatrão e posteriormente à direita para a Rua da Zona Desportiva, onde os sinais do percurso se encontram no painel de azulejos da toponímia da rua. Caminhando por estradas de terra alcançámos o Instituto Educativo do Juncal, passando posteriormente pela Escola Primária e chegando assim à Igreja Matriz, também conhecida por Igreja de S. Miguel, decorada com os azulejos da Real Fabrica, tendo sido criados por José Rodrigues da Silva e Sousa, seu fundador.

Perto do local onde outrora existia a antiga fábrica existe também um painel representativo de Nossa Senhora das Dores, onde ainda nos nossos dias, algumas mulheres acendem uma lamparina antes de dar à luz, como prova de devoção e esta Santa. Após a passagem por este local rapidamente chegámos junto à Escola de Musica do Juncal, pertinho de onde se iniciou o percurso. 

Findo o percurso já era hora de abandonar esta vila em que é comum vermos painéis de azulejos em praticamente todas as ruas e todas as habitações, testemunho da continuação da actividade cerâmica desde o século XVIII até aos nossos dias. 

De regresso a casa, ainda deu tempo para efectuarmos uma rápida visita ao Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, entidade criada para recuperar e valorizar o Campo de S. Jorge e apresentar esta batalha ao público de forma rigorosa, instrutiva e cativante. 

Numa área de 1.908 m2 o visitante tem acesso à área de exposições, a percorrer o campo de batalha com a indicação do posicionamento dos exércitos português e franco-castelhano, visitar o Monumento Evocativo de Nuno Álvares Pereira, visitar o Parque de Engenhos Medievais e usufruir da loja, da cafetaria e do Parque de Merendas onde se pode fechar com chave de ouro uma tarde num local onde se deu um grande acontecimento da nossa história. Não podíamos ter acabado melhor o nosso dia…

Mapa do Percurso