domingo, 27 de abril de 2014

Descobrindo a Lagoa da Ervideira

No regresso da Praia de Pedrogão, como ainda não era muito tarde, Nenuco e Pastelita fizeram um desvio pela Lagoa da Ervideira

A Lagoa da Ervideira situa-se na freguesia de Coimbrão, no concelho de Leiria, a apenas 6 kms da Praia de Pedrogão, em pleno Pinhal de Leiria.

Trata-se de uma lagoa de água doce rodeada de pinheiros bravos e mansos, eucaliptos, rosmaninho, alecrim e samouco, entre outras espécies como os caniços que proporcionam abrigo à grande diversidade de peixes, anfíbios, répteis, mamíferos e aves que povoam o local.

A pesca também aqui foi explorada sendo as espécies mais abundantes os ruivacos, carpas, salmões e sabogas, mas devido à poluição em meados do século passado, algum produto químico os terá morto quase na totalidade e no seu lugar foram colocados achigans, peixe carnívoro e carpas que permanecem no local em abundancia até aos dias de hoje.

Em metade da margem da lagoa foi construído um passadiço em madeira para facilitar a passagem dos visitantes e para uma maior preservação da fauna e flora ali existente, estes passadiços em algumas zonas já se encontram um pouco danificados pelo que seria bom que as entidades competentes procedessem à sua preservação e não deixar que se deteriore na sua totalidade. Não obstante isso, continua a ser um local muito agradável para dar um passeio, com uma beleza extraordinária e com um óptimo parque de merendas, convidando a uns picnics com amigos ou em família.


Mapa do Percurso



























Trilho da Praia do Pedrogão

O dia seguinte acordou com um sol radioso, nada que fizesse adivinhar a chuva do dia anterior, Nenuco e Pastelita quiseram usufruir de duas grandes maravilhas da natureza – O Sol e o Mar – e após meterem um pequeno lanche nas mochilas rumaram até à Praia de Pedrogão onde efectuaram uma caminhada ao longo da costa

Estacionámos o carro na entrada norte da praia e começámos a caminhar pela estrada ao longo da costa, os estragos do inverno são bem visíveis. Não é de todo agradável ver que o extenso areal foi praticamente todo engolido pelo mar, danificando e até levando grande parte dos passadiços que dão acesso à praia. Passámos em frente ao mercado e após o cafezinho da praxe num barzinho da praia, seguimos até à rotunda da Avenida Olímpio Duarte Alves com a Rua Maré Viva. Aí seguimos pelo caminho mais próximo do mar passando as duas pontes de madeira junto ao parque de merendas e seguimos em frente junto às dunas por uma estrada de areia, até encontrarmos uma casa em ruinas, local onde decidimos virar para o lado do mar. A ideia era subir a duna que separa o mar da floresta e descer para a praia, só que a altura era enorme… três, quatro metros, talvez mais… as marés vivas fizeram-se sentir aqui com toda a sua força … perante isto decidimos comer as sandochas ali mesmo, no cimo da duna, usufruindo da vista espectacular, tanto sobre o oceano como sobre a floresta.

Após a degustação do nosso “almoço”, de um período de contemplação do mar e de um pouco de preguiça devido ao sol, decidimos que em algum lugar deveríamos conseguir descer até à praia, deveríamos ter algum cuidado pois a barreira era muito alta e praticamente na vertical, e não queríamos provocar uma avalanche de areia o que poderia ser de alguma forma perigoso. Andando uns metros para a frente pelo cimo da duna e contornando-a quando não era possível a nossa passagem, lá encontrámos um local onde nos foi possível descer, mesmo com alguma dificuldade.

Finalmente na praia, fomos continuando o nosso percurso caminhando à beira mar, sentindo a água fresca nos pés. Chegando ao topo retomámos o mesmo caminho ao longo da avenida, até ao que outrora foi a rotunda norte da Praia de Pedrogão, onde agora nada nos indica que à poucos meses atrás a mesma ali existiu.


Mapa do Percurso

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