A primeira caminhada de 2017 aconteceu por terras alentejanas, em Ponte de Sor, onde efetuámos o PR1 – Percurso da Ribeira de Sor, um percurso recente bastante bonito.
Fomos recebidos debaixo de chuva intensa, um tempo pouco convidativo a caminhadas, por este motivo optámos por conhecer um pouco dos arredores, para um primeiro contacto com a região, pois apesar de já termos cá passado, quando estivemos na Albufeira do Maranhão, em Aviz, de Ponte de Sor pouco tínhamos visitado.
Iniciámos o passeio por Galveias, aldeia situada na margem esquerda da Ribeira de Sor, a cerca de 12 Km da sede concelho. Esta localidade é conhecida pelas suas seis capelas e por ser berço do famoso escritor José Luís Peixoto. Pelo caminho passámos pela Capela de Nosso Senhor das Almas e logo na entrada da povoação a Igreja da Santa Casa da Misericórdia. Seguimos depois até à Igreja Matriz situada no ponto mais alto da aldeia e descemos até ao parque aquático, por entre o casario tipicamente alentejano, que se estende pela encosta.
Deixando Galveias, fomos até Tramaga conhecer alguns dos seus moinhos, que outrora laboravam com a força das águas da Ribeira de Sor.
Como a chuva não dava tréguas, dirigimo-nos à “Casa da Fonte” onde iríamos ficar hospedados, um local com belíssimas condições e com proprietários muito simpáticos. Foi na Casa da Fonte que ficámos a saber da existência do PR1 – Percurso da Ribeira de Sor, o que muito nos agradou, pois nas nossas pesquisas não havíamos encontrado nenhum percurso marcado, em Ponte de Sor.
O entusiasmo era enorme, no dia seguinte, com um tempo que nada tinha de parecido com o da véspera, iniciámos ali mesmo, a nossa caminhada, dirigindo-nos para a ponte sobre a Ribeira de Sor, que segundo consta foi construída onde em tempos existiu uma Ponte Romana.
Pelo Parque da Marginal de Ponte de Sor, subimos a margem direita da ribeira até à ponte pedonal, que faz lembrar uma minhoca, apreciando as garças e os patos que por ali catrapiscavam.
Cruzando a ponte pedonal, seguimos agora pela margem esquerda, onde a “Manchas” se juntou a nós, uma bonita cadelinha que andou connosco praticamente todo percurso.
Atravessando a estrada Nacional, seguimos por estradas de terra e de alcatrão até ao Canil Municipal, onde tivemos de optar por ir de imediato aos moinhos ou subir a encosta em direção à Ervideira. Decidimos visitar os moinhos no regresso e seguimos em direcção à aldeia.
Era suposto encontrarmos um Miradouro pelo caminho, mas alguma desatenção, originou que não tivéssemos dado por ele.
Continuando por caminho de terra, fizemos uma tangente à aldeia de Ervideira e sempre com a “Manchas” por companhia, fomos descendo gradualmente até à Ribeira de Sor.
Junto à ribeira, o percurso guia-nos a conhecer alguns moinhos de água que marcam a paisagem da Ribeira de Sor, são exemplo disso os moinhos de Tramaga e o moinho da Pontinha que em conjunto com as águas fartas da ribeira formam quadros encantadores.
Acompanhando algum tempo a margem esquerda da ribeira, regressámos junto do canil municipal, regressando ao nosso ponto de partida com 12 Km percorridos, foi sem dúvida mais um belíssimo passeio por terras alentejanas.
Mapa do Percurso |
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