“Foi no concelho de Oleiros que Nenuco e Pastelita se perderam no fim semana de 24 e 25 de Maio para efectuarem dois percursos pedestres, um na localidade de Orvalho e outro na Aldeia de Xisto de Álvaro”
Chegados à Vila de Oleiros e após o cafezinho da praxe, reparámos que o posto de turismo estava mesmo ali ao lado, nada melhor que começarmos por reunir mais algum material para enriquecer o nosso passeio. Fomos muitíssimo bem atendidos pela funcionária de serviço que simpaticamente nos prestou todos os esclarecimentos solicitados, sugeriu-nos algumas visitas e ainda nos deu a provar alguns doces tradicionais, nós optamos pelos de medronho e de castanha, assim como alguns licores, o licor de Callum, que é proveniente da casta Callum existente nesta região e licor de castanha, entre outros que não provámos como é compreensível, tendo em conta que ainda era muito cedo.
Antes de seguirmos para a localidade de Orvalho onde iriamos iniciar o percurso, passámos pelo Parque de Campismo de Oleiros, onde uma vez mais fomos acolhidos de uma forma muito calorosa pela Cristina, que nos deu também umas dicas muito importantes e nos tranquilizou quanto à dificuldade do percurso, referindo que apenas a parte final era um pouco mais puxada em termos de esforço físico. O Parque de Campismo é um local muito agradável, com a recepção e a cafetaria de xisto o que lhes dá um aspecto bastante pitoresco e localizado num local muito agradável, junto à Praia Fluvial Açude Pinto, também esta muito acolhedora.
Finalmente dirigimo-nos à localidade de Orvalho, para iniciar os cerca de 11 kms de percurso junto à Junta de Freguesia, onde após uma incursão pelas ruas e ruelas da localidade o trilho nos levou inicialmente por terrenos agrícolas onde a oliveira predomina e depois por pinhal, passando por diversos moinhos de água e alguns açudes, até encontrarmos a Ribeira da Água de Alta. Este local transporto-nos para outra dimensão em que somos só nós e a natureza, onde apenas se ouvem os pássaros e o som de água a correr. Serpenteando a ribeira, ora numa margem, ora na outra, cruzando-a diversas vezes por pontes de madeira que habilidosamente ali foram colocadas, o som de água a cair intensifica-se e chegados ao parque de merendas encontrámos a primeira cascata e poucos metros mais à frente surge-nos a Fraga de Água d’Alta em toda sua imponência.
Iniciámos uma subida um tanto sinuosa e logo em seguida uma descida abrupta até à Lagoa das Lontras, para começarmos de novo a subir a encosta por uma enorme escadaria em madeira para chegarmos a um miradouro natural que nos permite admirar a muralha quartzítica que se ergue da densa vegetação, onde desaparece a ribeira da Água de Alta.
Continuando o nosso percurso passámos pela Capela da Nossa Senhora da Confiança para voltarmos a descer e encontrar de novo a Ribeiro do Orvalho onde voltámos a encontrar moinhos de água. Subimos por uma calçada romana e após a chegada à estrada de alcatrão, de forma bem visível da estrada, deparámo-nos com o Forno das Mouras e é a partir deste local que o percurso se torna um pouco mais difícil que é a subida até ao primeiro miradouro. Subida um pouco exigente mas fortemente recompensada quando nos sentamos no miradouro de madeira, propositadamente construído em cima dum penhasco e nos deliciámos com a vista sobre a aldeia de Orvalho e toda a zona envolvente que é deslumbrante, mas não fiquemos por aqui, pois a nossa subida ainda não acabou, há que subir mais uns tantos metros até finalmente chegarmos ao Parque de Merendas do Mosqueiro e aí sim… o Nenuco exclama: “Chega… não quero ver mais nada hoje, por hoje já chega…” tal foi o seu deslumbramento…
Chegámos ao local mais alto do nosso percurso onde temos uma visão de 360º sobre todo horizonte É um local agradavelmente adornado pelo homem, tirando partido de todos os encantos naturais fazendo dali um local muito apetecível para se passar um dia em família.
O único senão deste percurso foi apenas o facto de não ter sido salvaguardado o regresso a Orvalho, pois deixa à consideração do visitante este desfecho. No nosso caso optamos por seguir a estrada de alcatrão pois pareceu-nos mais seguro, mas não nos parece muito difícil encontrarem uma alternativa mais curta e mais aliciante que desse a este percurso um desfecho com chave de ouro, pois neste percurso tudo esteve perfeito desde as belezas naturais até à forma como foi pensado, estando extremamente bem sinalizado, bem cuidado e traçado com muito esforço e dedicação, pois todo ele foi estudado para agradar e apoiar o visitante, que o testemunhem as inúmeras pontes, escadas e cordas que nos ajudam em todo o trajecto. Se fosse nossa função dar uma pontuação seria sem dúvida nota 10.
Mapa do Percurso
Mapa da Parte Final do Percurso |
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