sábado, 3 de janeiro de 2015

De Vale de Canas ao Mondego

Para descomprimir dos festejos natalícios e para ajudar a libertar dos excessos desta quadra, Nenuco e Pastelita iniciaram o ano com uma caminhada de cerca de 15 km pelos arredores da cidade de Coimbra, subindo inicialmente até à Mata Nacional de Vale de Canas e descendo posteriormente a encosta até ao Mondego

Subindo a Rua do Cedro em direcção ao Chão do Bispo, para posteriormente descermos até à Travessa 6 de Outubro, para depois através de trilhos e por entre uma floresta de acácia subirmos por um caminho muito íngreme, até atingirmos o topo de onde se usufrui de uma vista deslumbrante. 

Uma vez no topo do monte, a Mata Nacional de Vale de Canas fica a escassos minutos dali, com os seus jardins e os seus miradouros. Se de um miradouro temos uma vista soberba sobre a cidade e sobre a Ponte Rainha Santa, do outro surge no nosso horizonte uma mancha verde a perder de vista, surgindo pequenos aglomerados populacionais no cimo dos montes. Por todo lado surgem painéis informativos sobre a fauna e a flora local, havendo aqui algumas espécies raras de animais e é neste local também que se encontra o maior eucalipto da Europa.

Com passagem pelo parque infantil, pelo parque de merendas e pela casa do fogo, descemos por trilhos até à estrada de alcatrão, chegando assim à localidade de Vale de Canas, pertencente à Freguesia de Torres do Mondego. Aqui encontrámos um atalho que nos afastou um pouco da estrada asfaltada e após passarmos a Capela logo começámos a ver o Mondego serpenteando no vale.

Seguindo em frente, descemos por um caminho de terra batida que nos levou à localidade de Barca do Mondego, situada na margem direita do Rio Mondego. Na outra margem avista-se a Praia Fluvial onde a sua calmaria contrasta com a confusão e com a vida dos dias estivais. Após descermos pelo acesso pedonal logo se começou a ouvir o som da água que caía do açude. Neste local era nossa intenção atravessar o rio através da ponte pedonal, para continuarmos a caminhada pela outra margem, mas da ponte apenas existia a estrutura de madeira, pois, uma vez mais, tinha sido arrastada pela força das águas à semelhança dos anos anteriores. 

Todos os Invernos a ponte é destruída e é construída novamente na Primavera. Mediante este facto surge a questão: Porque não foi já construída uma ponte com a resistência necessária às intempéries? Não ficaria menos dispendioso investir de uma vez só, a ter que investir todas as Primaveras? 

Mas voltando à nossa caminhada… mediante este percalço tentámos seguir o caminho junto ao rio, na expectativa de fugir ao alcatrão, mas o mesmo foi-nos barrado por um muro de vedação às terras de cultivo, não tivemos outra alternativa a não ser voltar atrás e subir para a estrada efectuando por aí o caminho de regresso. Após percorridos cerca de 5 km chegámos à Portela do Mondego, onde o Rio Ceira se junta ao Mondego e onde alinhadas paralelamente de encontram 3 pontes: a ponte rodoviária que faz a ligação das duas margens através da estrada Nacional nº17; a ponte antiga, requalificada agora apenas para acesso pedonal e a do caminho-de-ferro, onde passava a velhinha Automotora da Lousã, que continua à espera do famoso Metro Mondego que teima em chegar.

A partir daqui, seguimos o percurso urbano até ao ponto de partida. 

Este percurso poderia ter sido muito mais atractivo se tivéssemos encontrado uma alternativa ao alcatrão, mas o pouco conhecimento da zona e a extensão da caminhada, deixando-nos a acusar já algum cansaço, não nos permitiu aventurar mais, ficando para outra oportunidade a exploração de trilhos alternativos. De qualquer forma foi mais um dia bem passado, em que vimos com outros olhos locais que já não eram completamente desconhecidos.

Mapa do Percurso1

Mapa do Percurso2





































































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