“Para descomprimir dos festejos natalícios e para ajudar a libertar dos excessos desta quadra, Nenuco e Pastelita iniciaram o ano com uma caminhada de cerca de 15 km pelos arredores da cidade de Coimbra, subindo inicialmente até à Mata Nacional de Vale de Canas e descendo posteriormente a encosta até ao Mondego”
Subindo a Rua do Cedro em direcção ao Chão do Bispo, para posteriormente descermos até à Travessa 6 de Outubro, para depois através de trilhos e por entre uma floresta de acácia subirmos por um caminho muito íngreme, até atingirmos o topo de onde se usufrui de uma vista deslumbrante.
Uma vez no topo do monte, a Mata Nacional de Vale de Canas fica a escassos minutos dali, com os seus jardins e os seus miradouros. Se de um miradouro temos uma vista soberba sobre a cidade e sobre a Ponte Rainha Santa, do outro surge no nosso horizonte uma mancha verde a perder de vista, surgindo pequenos aglomerados populacionais no cimo dos montes. Por todo lado surgem painéis informativos sobre a fauna e a flora local, havendo aqui algumas espécies raras de animais e é neste local também que se encontra o maior eucalipto da Europa.
Com passagem pelo parque infantil, pelo parque de merendas e pela casa do fogo, descemos por trilhos até à estrada de alcatrão, chegando assim à localidade de Vale de Canas, pertencente à Freguesia de Torres do Mondego. Aqui encontrámos um atalho que nos afastou um pouco da estrada asfaltada e após passarmos a Capela logo começámos a ver o Mondego serpenteando no vale.
Seguindo em frente, descemos por um caminho de terra batida que nos levou à localidade de Barca do Mondego, situada na margem direita do Rio Mondego. Na outra margem avista-se a Praia Fluvial onde a sua calmaria contrasta com a confusão e com a vida dos dias estivais. Após descermos pelo acesso pedonal logo se começou a ouvir o som da água que caía do açude. Neste local era nossa intenção atravessar o rio através da ponte pedonal, para continuarmos a caminhada pela outra margem, mas da ponte apenas existia a estrutura de madeira, pois, uma vez mais, tinha sido arrastada pela força das águas à semelhança dos anos anteriores.
Todos os Invernos a ponte é destruída e é construída novamente na Primavera. Mediante este facto surge a questão: Porque não foi já construída uma ponte com a resistência necessária às intempéries? Não ficaria menos dispendioso investir de uma vez só, a ter que investir todas as Primaveras?
Mas voltando à nossa caminhada… mediante este percalço tentámos seguir o caminho junto ao rio, na expectativa de fugir ao alcatrão, mas o mesmo foi-nos barrado por um muro de vedação às terras de cultivo, não tivemos outra alternativa a não ser voltar atrás e subir para a estrada efectuando por aí o caminho de regresso. Após percorridos cerca de 5 km chegámos à Portela do Mondego, onde o Rio Ceira se junta ao Mondego e onde alinhadas paralelamente de encontram 3 pontes: a ponte rodoviária que faz a ligação das duas margens através da estrada Nacional nº17; a ponte antiga, requalificada agora apenas para acesso pedonal e a do caminho-de-ferro, onde passava a velhinha Automotora da Lousã, que continua à espera do famoso Metro Mondego que teima em chegar.
A partir daqui, seguimos o percurso urbano até ao ponto de partida.
Este percurso poderia ter sido muito mais atractivo se tivéssemos encontrado uma alternativa ao alcatrão, mas o pouco conhecimento da zona e a extensão da caminhada, deixando-nos a acusar já algum cansaço, não nos permitiu aventurar mais, ficando para outra oportunidade a exploração de trilhos alternativos. De qualquer forma foi mais um dia bem passado, em que vimos com outros olhos locais que já não eram completamente desconhecidos.
Mapa do Percurso1 |
Mapa do Percurso2 |
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