sábado, 1 de novembro de 2014

PR1 - Caminho do Xisto das Aldeias de Góis

Nenuco e Pastelita iniciaram o mês de Novembro efectuando o percurso que une as quatro Aldeias de Xisto do Concelho de Gois: Aigra Nova, Aigra Velha, Pena e Comareira, aldeias muito pitorescas onde se transpira natureza, pureza e serenidade

Chegados a Aigra Nova estacionámos junto ao Núcleo da Coirela das Agostinhas (Pequena Quinta onde estão identificadas as várias espécies de vegetais, não faltando o tradicional espantalho) e dirigimo-nos ao centro da Aldeia onde está situada a Loja das Aldeias de Xisto e o Eco-Museu. Aqui, aproveitámos para recolher mais algumas informações sobre este percurso, tal como de outros existentes no concelho e já com mais conhecimentos cedidos gentilmente pelo funcionário, demos oficialmente inicio à caminhada.

Após visitarmos a Maternidade das Árvores, começámos a subir passando junto ao Núcleo Asinino (local onde está situado o burro da aldeia) e junto à Fonte dos Bois (local onde ainda hoje os pastores levam o gado a beber água). 

Enquanto subíamos lamentámos o facto de existir algum nevoeiro e a visibilidade não ser a melhor, pois deste local avista-se o Trevim, que é o local mais alto da Serra da Lousã e a paisagem era simplesmente divinal.

Apesar da atmosfera estar menos límpida, as máquinas fotográficas não pararam de disparar, como tal a subida até topo fez-se sem grande dificuldade e em poucos minutos começámos a avistar o amontoado de casas de xisto que compõem a aldeia de Aigra Velha.

Aqui reina o silêncio, apenas se ouvindo o chilrear dos pássaros, os chocalhos das ovelhas que por ali pastam e o som da água que cai de um tanque instalado na entrada da aldeia. Reparámos que as habitações e os arruamentos foram alvo de algumas obras de beneficiação, dando um aspecto muito acolhedor. Aproveitando a pequena zona de lazer ali existente, comemos uma das nossas sandochas de reforço e seguimos caminho através de uma ingreme descida até encontrarmos a Ribeira de Pena. 

Meia dúzia de patos nadam numa piscina natural, a qual é abastecida por uma pequena mas fascinante cascata, são abundantes as águas que se vão escapando ao açude ali construído e que depois se afastam por entre pedras e vegetação, fazendo deste local um local de onde não apetece sair e registar todos os pormenores com a máquina fotográfica, como se assim pudéssemos ficar ali indefinidamente…

Mas o nosso percurso tem que continuar e seguindo o caminho junto à levada, passámos por algumas colmeias de onde se irá posteriormente tirar o fabuloso mel da Serra da Lousã, e já se avistavam os imponentes Penedos de Gois, nomeadamente o Penedo da Abelha com a Aldeia da Pena a seus pés. Atravessámos a ponte e descemos junto a um enorme castanheiro para nos refrescarmos nas águas límpidas e cristalinas da ribeira, para de seguida irmos junto do Moínho de Rodizio do Poço da Lontra, local também muito aprazível, onde faz uma bonita piscina natural e pequenas quedas de água.

Finda a visita á aldeia, há que subir a encosta observando formações rochosas muito peculiares. É esta a parte mais complicada do percurso devido à acentuada subida, mas é fortemente compensada quando chegámos ao topo e nos deparámos com a paisagem que se avista é simplesmente deslumbrante, sendo possível nos dias mais límpidos avistar-se dali a Serra da Estrela.

Descendo, agora por entre pinheiros, por estradão de terra batida e posteriormente por um carreiro, chegámos à Comareira, sendo recebidos por dois fiéis amigos, que degustaram connosco as sandochas do nosso almoço, aproveitando para mais uma vez deliciarmos a vista no miradouro existente neste local.

Quase a terminar o nosso percurso, restava agora a ultima subida até ao ponto de partida, Aigra Nova, com o nevoeiro a começar a aproximar-se, deixando a ideia que a noite se aproximaria rapidamente.

Regressámos à lojinha das Aldeias de Xisto onde tomámos um café e efectuámos a visita ao bonito e bem cuidado museu, onde estão perpetuadas as tradições locais.

Fazendo um desvio à Fonte dos Namorados, regressámos a casa com um sorriso nos lábios, pois mais um bocadinho de Portugal foi desvendado por nós.


 
Mapa (Clique na Imagem)
Folheto (Clique na Imagem)










































































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