No passado dia 26 de Novembro fomos conhecer o recém inaugurado PR12 – Trilho dos Arrozais, mais um percurso da Rede de Percursos Pedestres do Município de Águeda, que felizmente é um dos municípios que aposta em força nesta forma de turismo de natureza.
Ainda não havia muita informação, foi um pouco a contragosto que nos obrigámos a inserir as coordenadas no GPS, para encontrarmos o local exacto onde iríamos começar.
Iniciámos esta caminhada em Barrô, junto da capela de Santo António, sendo também recomendado iniciar-se junto ao Parque de Campismo de Aguada de Baixo.
Já em direcção aos arrozais, passámos junto do Centro Cívico Eng.º Adolfo Roque, com uma arquitectura muito própria, com cores garridas e geométricas imagem de marca do arquitecto Tomás Taveira, que o criou. Continuámos depois pelas ruas da povoação, já em direcção aos arrozais, apreciando a magnífica vista sobre o Vale do Rio Cértima, junto da Casa de Repouso Dr. António Breda.
É aqui que iniciámos a descida por estrada de alcatrão, cortando depois à direita para a floresta até perto do lugar de Paradela, onde entrámos nos arrozais.
Nesta parte do percurso o caminho complicou-se devido à enorme quantidade de lama, que com alguma persistência conseguimos vencer, subindo para os escombros que separam o caminho dos arrozais.
Seguindo pela margem direita, atravessámos a estrada, continuando depois, observando cegonhas, garças, patos, cavalos, cabras e até uma lontra que não se deixou fotografar, penso que por não ser muito fotogénica….
Curiosamente este é um dos poucos rios portugueses que correm de Sul para Norte, nasce próximo da Mealhada e irá desaguar no Rio Águeda, junto à Ponte do Requeixo, um local já nosso conhecido dos PR5 – Trilho da Ponte de Ferro e PR1 – Da Pateira ao Águeda.
Sensivelmente a meio, existe um desvio que encurtará o percurso para metade, atravessando o campo, desembocando no percurso principal junto da Capela do Carqueijo.
Optando por continuar pelos arrozais (a nossa opção), chegámos à estrada que segue para Oliveira do Bairro, na localidade de Landiosa.
Seguimos 300 metros pela estrada, cortando depois à esquerda para a Rua da Carreira, já na Freguesia de Aguada de Baixo, onde à direita, apanhámos um estradão de terra, indo de novo ao encontro com o Rio Cértima. Este troço do percurso estava quase intransitável com muita lama. Em algumas partes era mesmo impossível não enterrar metade das sapatilhas. Recomendamos galochas em alturas mais chuvosas…
Com algum esforço, conseguimos ultrapassar este obstáculo, chegando à ETAR de Aguada de Baixo, seguindo depois pela Rua da Ribeira até ao Largo Nossa Senhora da Memória, fazendo um desvio de 100 metros até ao Parque de Campismo, o outro local onde se pode iniciar a caminhada.
A partir daqui o restante percurso é efectuado pelo alcatrão, pela Rua Dr. Cura Rachão, seguindo pelo caminho que coincide com a Estrada Real e Caminho Português de Santiago, passando junto da Igreja de Aguada de Baixo.
Atravessando a Ponte Pedrinha, temos de novo contacto com a localidade de Landiosa, avistando-se a enorme chaminé de Tijolo, da Cerâmica do Vale do Mouro. Um pouco mais à frente, passámos pelo local onde o desvio encontra o percurso principal, junto da Capela do Carqueijo, onde nos refrescámos na Fonte dos Amores.
Passando a Igreja de Barrô, já não estamos muito longe do local onde iniciámos a caminhada, com 13 Km percorridos.
Penso não ser muito aconselhável esta caminhada no Inverno, visto os caminhos já se encontrarem bastante lamacentos, quase intransitáveis em muitos locais. Com as chuvas do inverno, esta situação terá tendência para piorar, pois o mais provável será o Rio Cértima galgar as margens e inundar toda esta zona mais baixa. No entanto será um percurso muito bonito para ser feito na Primavera, altura em que as águas descem e se inicia a sementeira do arroz. Esta descida das águas atrai uma grande quantidade de aves que se vêm alimentar de lagostins e pequenos peixes.
Mapa do Percurso |
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