“A Serra da Boa Viagem, no concelho da Figueira da Foz, foi o destino de Nenuco e Pastelita no dia 24 de Novembro, com o propósito de efectuarem o percurso pedestre que ali se inicia”
O percurso começa junto à Capela de Santo Amaro, no topo da Serra. Percorremos as redondezas, circundando a Capela, passando junto ao Parque Aventura em busca de algum vestígio do seu início, mas em vão… Com os folhetos que havíamos pesquisado na internet, seguimos a estrada de alcatrão para Norte em direcção à “Bandeira” (miradouro mais conhecido e frequentado da serra) e foi aí que começámos a avistar as primeiras marcações do percurso.
Neste miradouro somos brindados com uma fabulosa vista. No nosso horizonte, conseguimos avistar as Praias de Quiaios, Tocha e Mira… uma imensidão de mar a perder de vista. Após nos deslumbrarmos com o que os nossos olhos alcançavam, do mar até à floresta, começámos a descer pelo lado direito por um caminho bastante íngreme e pedregoso, para em seguida por estradão de terra batida seguirmos para a esquerda em direcção à Murtinheira. Este troço de percurso (como também noutros) apresentava-se com zonas de muita lama, dificultando bastante a sua continuação.
Chegados à Murtinheira surge a parte mais aborrecida pois temos de caminhar bastante tempo por estrada de alcatrão, que em nenhum momento nos levou até à praia, parece-nos que seria menos “chato” se esse caminho para sul fosse efectuado junto ao mar, mesmo que para tal fosse necessário percorrer mais alguns metros. Na expectativa de que a algum momento houvesse um desvio para o mar, chegámos ao local em que se iniciava a subida da serra por um trilho estreito ao lado da “Casa da Murtinheira” e desfizeram-se as nossas ultimas esperanças, não íamos mesmo pisar a areia porque já era um pouco tarde para voltar atrás.
Mal começámos a vencer alguma altitude, começou a vislumbrar-se uma espectacular paisagem sobre o mar, sobre o farol e sobre a fábrica da cal. Descemos agora até ao Vale da Anta por um caminho pedregoso, com a particularidade que cada pedra que rolava debaixo dos nossos pés, era um fóssil, testemunhos da actividade biológica de organismos do passado. Após este local, começámos a avistar as dolorosas intervenções humanas efectuadas nas encostas, para a extracção de cal pela Cimpor, esperemos que surjam a tempo medidas para a preservação deste local.
O Farol do Cabo Mondego avistava-se durante praticamente toda a subida, ao longe, consoante o serpentear dos trilhos, iam-se avistando o amontoado de pinheiros mansos que indiciavam o fim do percurso, por entre acácias, eucaliptos e pinheiros chegámos ao parque de merendas junto à capela, onde um esquilo se esgueirou de imediato quando ouviu o som dos nossos passos.
Estavam percorridos os 11 km de mais uma caminhada, o receio inicial da falta de sinalização não se concretizou, pois tirando a escassez inicial, o percurso estava razoavelmente bem marcado, encontrando apenas uma placa arrancada debaixo da vegetação, que dificilmente encontraríamos se não fosse já alguma experiencia nestas andanças.
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