segunda-feira, 24 de novembro de 2014

PR3 – Rota da Boa Viagem


A Serra da Boa Viagem, no concelho da Figueira da Foz, foi o destino de Nenuco e Pastelita no dia 24 de Novembro, com o propósito de efectuarem o percurso pedestre que ali se inicia

O percurso começa junto à Capela de Santo Amaro, no topo da Serra. Percorremos as redondezas, circundando a Capela, passando junto ao Parque Aventura em busca de algum vestígio do seu início, mas em vão… Com os folhetos que havíamos pesquisado na internet, seguimos a estrada de alcatrão para Norte em direcção à “Bandeira” (miradouro mais conhecido e frequentado da serra) e foi aí que começámos a avistar as primeiras marcações do percurso.

Neste miradouro somos brindados com uma fabulosa vista. No nosso horizonte, conseguimos avistar as Praias de Quiaios, Tocha e Mira… uma imensidão de mar a perder de vista. Após nos deslumbrarmos com o que os nossos olhos alcançavam, do mar até à floresta, começámos a descer pelo lado direito por um caminho bastante íngreme e pedregoso, para em seguida por estradão de terra batida seguirmos para a esquerda em direcção à Murtinheira. Este troço de percurso (como também noutros) apresentava-se com zonas de muita lama, dificultando bastante a sua continuação. 

Chegados à Murtinheira surge a parte mais aborrecida pois temos de caminhar bastante tempo por estrada de alcatrão, que em nenhum momento nos levou até à praia, parece-nos que seria menos “chato” se esse caminho para sul fosse efectuado junto ao mar, mesmo que para tal fosse necessário percorrer mais alguns metros. Na expectativa de que a algum momento houvesse um desvio para o mar, chegámos ao local em que se iniciava a subida da serra por um trilho estreito ao lado da “Casa da Murtinheira” e desfizeram-se as nossas ultimas esperanças, não íamos mesmo pisar a areia porque já era um pouco tarde para voltar atrás.

Mal começámos a vencer alguma altitude, começou a vislumbrar-se uma espectacular paisagem sobre o mar, sobre o farol e sobre a fábrica da cal. Descemos agora até ao Vale da Anta por um caminho pedregoso, com a particularidade que cada pedra que rolava debaixo dos nossos pés, era um fóssil, testemunhos da actividade biológica de organismos do passado. Após este local, começámos a avistar as dolorosas intervenções humanas efectuadas nas encostas, para a extracção de cal pela Cimpor, esperemos que surjam a tempo medidas para a preservação deste local.

O Farol do Cabo Mondego avistava-se durante praticamente toda a subida, ao longe, consoante o serpentear dos trilhos, iam-se avistando o amontoado de pinheiros mansos que indiciavam o fim do percurso, por entre acácias, eucaliptos e pinheiros chegámos ao parque de merendas junto à capela, onde um esquilo se esgueirou de imediato quando ouviu o som dos nossos passos.

Estavam percorridos os 11 km de mais uma caminhada, o receio inicial da falta de sinalização não se concretizou, pois tirando a escassez inicial, o percurso estava razoavelmente bem marcado, encontrando apenas uma placa arrancada debaixo da vegetação, que dificilmente encontraríamos se não fosse já alguma experiencia nestas andanças. 

Mais uma vez terminámos com um sorriso nos lábios, pois apesar de não ser uma zona nova para nós, foi uma forma diferente de ver e estar num local já nosso conhecido, pois a Serra da Boa Viagem apresenta sempre novos mistérios para desvendar.

Mapa do Percurso


















































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