sábado, 21 de fevereiro de 2015

Buracas do Casmilo

Já há algum tempo que a formação geológica das Buracas do Casmilo despertavam a nossa atenção. Neste sábado de Fevereiro estava chegada a hora de observarmos de perto este interessante fenómeno natural.


Iniciámos o percurso no centro da localidade de Casmilo, na freguesia de Furadouro, concelho de Condeixa a Nova. 

As placas com a indicação das buracas começaram a aparecer de imediato e seguindo-as pela estrada de alcatrão, avistando aqui e ali o monte da Senhora do Circulo, seguimos até ao campo de futebol onde existe um pequeno parque de merendas. Neste local onde abandonámos o alcatrão seguimos por estrada de terra, ladeados à esquerda com uma enorme floresta de lapiás e à direita com uma espetacular paisagem para o vale. Iniciámos a descida começando-se de imediato a avistar as buracas, assemelhando-se a enormes bocarras abertas. 

Este fenómeno deve-se ao abatimento da parte central de grutas, deixando a descoberto as suas partes laterais, fazendo com que seja um local privilegiado para a prática de desportos como escalada, montanhismo e rapel, sendo aproveitado também para abrigo de rebanhos de cabras e ovelhas.

Continuando o nosso caminho, seguimos junto às buracas por um trilho estreito com piso um pouco perigoso por ser bastante irregular e lamacento, tornando-se bastante escorregadio, mas que nos compensou com uma vista espetacular sobre o vale das buracas.

Vencida a adversidade do terreno, continuámos por um trilho mais aberto que nos levou à povoação de Casal Cimeiro, uma aldeia muito pacata, com gentes muito simpáticas, apesar de nos olharem com alguma desconfiança e curiosidade.

Petiscámos no largo da capela local, antes de prosseguirmos. Confiando no nosso instinto, tomámos a estrada da capela, crendo que nos levaria ao caminho que tínhamos planeado, mas surgiram-nos campos vedados o que complicou bastante o desenvolvimento da nossa caminhada, pois durante algum tempo seguimos pela estrada verificando que nos afastávamos da direção pretendida. 

Resolvemos ir a corta mato, seguindo para a esquerda, mas em alguns locais a densa vegetação obrigava-nos a recuar e a tentar por outro lado e ao fim de algum tempo, alguns arranhões e somando mais alguns quilómetros, encontrámos de novo a estrada que nos levou de novo ao vale das buracas.

Agora sabemos que deveríamos ter seguido por uma estrada que se encontrava antes da aldeia e tudo teria sido mais fácil.

Junto às buracas poderíamos ter subido e rapidamente chegaríamos ao ponto de partida, mas decidimos seguir pela estrada à direita, que nos levaria à povoação de Chanca, consequentemente à Serra de Janeanes e de novo à Povoação do Casmilo.

Mas este trajeto também não foi minimamente pacífico, pois em vários locais a estrada encontrava-se completamente submersa, obrigando-nos a saltar os muros de pedra para terrenos mais elevados, mas quando chegámos a Chanca o esforço foi devidamente compensado com a vista fabulosa sobre o Vale do Rabaçal e a Serra da Lousã.

Apenas alguns quilómetros nos separavam da localidade de Casmilo, que foram percorridos por estradão de terra batida, proporcionando-nos paisagens fantásticas ao longo do caminho.

Passando junto a uma dolina, envolta de terrenos agrícolas devidamente cultivados, chegámos à aldeia onde visitámos as suas casinhas de pedra, terminando assim mais um percurso com cerca de 15 km, que nos proporcionaram uma empolgante aventura.

 Mapa 1

Mapa 1

 Mapa 2
Mapa 2
 Mapa 3
Mapa 3































































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