sábado, 5 de novembro de 2016

Passeando por Vila Nova de Milfontes

O primeiro fim de semana de Novembro foi passado na Costa Alentejana, conhecendo um pouco do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. 


O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, situa-se no litoral sudoeste de Portugal, entre a Ribeira da Junqueira, em São Torpes, e a Praia de Burgau, numa extensão de 110 km.

A nossa primeira paragem, para atestar os combustíveis (nossos e do carro), foi em Sines, seguindo depois para Porto Covo.

E foi em Porto Covo, no alto de uma falésia, no miradouro junto à Praia dos Buizinhos, que nos refastelámos com as nossas sandochas de lombo e batatas fritas. As nossas amigas gaivotas abeiraram-se de nós e ficaram por ali a lutar pelos bocadinhos de comida que lhes íamos atirando, tal qual como já nos tinha acontecido em Peniche (Pelas Escarpas do Baleal), em Março de 2014.

Porto Covo é um lugar de excelência, com praias espectaculares e paisagens fabulosas, quer de praia quer de planícies tipicamente alentejanas. A aldeia ainda conserva a traça original, com as casinhas pintadas de branco. No Largo Marquês de Pombal existem vários restaurantes onde se podem degustar as mais variadas iguarias, ou simplesmente beber um copo numa das esplanadas existentes. Estas qualidades mais a simpatia dos habitantes, fazem deste local, um dos mais procurados do país.

A 4 km do centro, temos a Praia da Ilha do Pessegueiro, que deve este nome à Ilha que se encontra mesmo ali defronte. Na ilha existe o Forte da Ilha do Pessegueiro ou Forte da Ilha de Fora, que cruzava fogos com o Forte no continente, o Forte da Praia do Pessegueiro ou Forte da Ilha de Dentro, ambos faziam parte de um projecto para defesa da Costa Vicentina. 

Apesar de um pouco distante da aldeia esta praia está munida de boas infra-estruturas tal como Restaurante e WC, possuindo também um Parque de Campismo a cerca de 1 km.

Continuando o nosso caminho chegámos ao Camping Milfontes, o nosso destino, onde iríamos ficar alojados num pequenino e pitoresco teepee.

Depois de instalados, e mesmo debaixo de chuva, percorremos algumas das ruas da localidade, passando em frente ao mercado, seguindo depois a Rua do Moinho de Vento e Rua de São Sebastião, chegando junto da Igreja Nossa Senhora da Graça. O acesso a esta zona estava bastante condicionada devido obras que ali estavam a decorrer, esta situação mais a chuva que caía tiraram de certa forma o encantamento do local.

Não nos dando por vencidos, seguimos até ao Forte de São Clemente (padroeiro das causas marinhas), também conhecido como Castelo de Milfontes. A sua construção foi efectuada por ordem de Rei Filipe II de Portugal entre 1509 e 1602, com a finalidade de proteger a localidade dos ataques dos piratas, oriundos do Norte de África.

Após perder importância militar o mesmo passou para as mãos de particulares, passando por vário donos até 1940, altura em que foi restaurado e transformado para Turismo de Habitação, tendo sido um dos primeiros do género em todo país. Este imóvel foi considerado Património Cultural.

Além da sua importância histórica, encontra-se estrategicamente situado para que as vistas sobre a Foz do Rio Mira e sobre a Praia das Furnas, na margem esquerda do rio, sejam simplesmente magníficas.

Continuando a caminhada para o lado direito, seguimos em direcção ao Farol, passando junto à Praia da Franquia, observando-se dali a imponência do Forte de São Clemente.

Esta Praia é uma das mais procuradas de Vila Nova de Milfontes, por ser a mais próxima da vila e pelas águas calmas do Rio Mira, sendo ideal para famílias. Tem como apoio o Quebramar Beach Bar, que durante a noite é o maior chamariz do local, tornando-se um local muito atrativo, onde se pode beber um copo ouvindo um pouco de música ao vivo.

Encostada à Praia da Franquia existe a Praia do Farol, com a vertente mar e rio numa só, tal como acontece com a praia que fica defronte, na margem esquerda do rio, a Praia das Furna que se acede em poucos minutos, cruzando a ponte para a outra margem.

Sempre debaixo de chuva percorremos a marginal até à rotunda onde está erguida a estátua “Arcanjo”, uma estrutura que pretende transmitir uma mensagem ecológica. Do lado direito encontra-se o Farolim. Do miradouro a vista do Rio Mira a encontrar o Oceano é soberba, como o encontro de dois mundos, testemunhado pela “Princesa do Alentejo” que os observa lá no alto.

A noite já se avizinhava e já havíamos percorrido 6Km, quando regressámos ao parque de campismo. No dia seguinte continuaria a nossa incursão por esta zona da costa alentejana.

O sol havia aparecido fazendo justiça às previsões meteorológicas. Animados e cheios de energia cruzámos a ponte, seguindo para a lindíssima Praia do Almograve, onde iríamos efetuar o percurso pedestre “PR1 – Lapa das Pombas”, que nos guiaria ao Porto da Lapa das Pombas, passando pelas arribas das Praias do Almograve e Brejo Largo, regressando à Vila ladeando terrenos de cultivo. (Esta caminhada será descrita com mais pormenor na próxima publicação).

Terminada a caminhada, almoçámos num restaurante local e deslocámo-nos ao Porto das Barcas, também conhecido pelo Portinho do Canal, que é o porto de pesca de Vila Nova de Milfontes, sendo um dos locais que mais conserva a genuinidade da localidade. 

Possui um miradouro com uma excelente vista sobre o oceano, dizendo-se que daquele local se pode vislumbrar o mais bonito por do sol de Portugal.

Era hora de voltar e deixar para trás esta bonita terra de boas praias, bonitas paisagens e gentes afáveis, ficando dentro de nós o desejo de voltar no Verão e desfrutar de todas as suas maravilhas.

Mapa do Percurso



 




















































































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