Em
16 de Novembro Nenuco e Pastelita aventuraram-se desta vez no Parque Natural da
Serra d’Aire e Candeeiros, mais propriamente em Reguengo do Fetal, uma aldeia muito
conhecida pela Festa da Nossa Senhora do Fetal, que tem como particularidade as
procissões serem acompanhadas por milhares de cascas de caracol acesas,
colocadas no chão, nas paredes e nos montes daquela localidade.
Decidimos
efectuar o PR2 – Buraco Roto, percurso que se iniciou no Largo da Palmeira no
centro da aldeia, onde logo de início ocorreu um incidente, o Nenuco na
ansiedade de fotografar tudo que a vista alcançava não reparou que tirava as
fotos a preto e branco, o que não tirou o encanto à graciosa aldeia, dando-lhe
até um aspecto ainda mais rustico. Reparada a situação retomamos a nossa marcha
e cerca de 200 mts acima, viramos à direita e subindo um trilho estreito e
algumas escadas, encontramos o Buraco Roto, que é uma gruta necrópole de uma
beleza extraordinária, onde passamos através de um túnel natural envolvido numa
densa vegetação.
Continuamos
a nossa subida por um caminho pedregoso até chegarmos à estrada de alcatrão,
que por sua vez nos levou a um largo onde se avistava uma pedreira e toda a
zona envolvente. Antes de iniciarmos a nossa descida bastante acentuada,
através de um caminho com bastante declive, onde tinham sido colocadas cordas e
algumas escadas de madeira, por questões de segurança, podemos deslumbrar uma
bonita vista sobre a aldeia de Reguengo do Fetal e também observar as diversas
plantas, nomeadamente uma grande variedade de orquídeas, estando algumas em
flor.
Ao
longo da descida íamos apreciando a paisagem e as concavidades existentes nas
rochas e ao fundo do lado esquerdo encontramos a Pia da Ovelha que é uma enorme
cavidade natural, e que deve o seu nome a uma pia que foi construída debaixo de
uma estalactite, sendo a mesma usada para dar de beber às ovelhas. Neste local
tivemos também a oportunidade de assistir a uma aula de escalada.
E
eis que chegou o momento mais difícil da caminhada. Impunha-se uma imponente
subida de 400 mts, através de um trilho sinuoso, até ao ponto mais alto do
percurso, posteriormente, e sem dificuldade, chegamos ao Parque Eólico de Chão
Falcão II, e descemos até ao Vale dos Ventos por entre hélices e os barulhos provocados
por elas, no fundo fazendo com que a todo instante nos fosse imposta a presença
humana, e que fez com que esta situação se tornasse em parte a “ovelha negra”
desta incursão.
Após passarmos a Ermida da Nossa Senhora do
Fetal, construída “com as esmolas deos fieies christãos”, segundo uma inscrição
existente, a Capelinha da Memória e a Casa dos Peregrinos que é um abrigo que
foi construído para dar ajuda espiritual às populações que por ali passavam, chegamos
por entre ruinhas e ruelas ao centro da aldeia.
De
novo no Largo da Palmeira fomos abordados pela D. Maria, do Café Gigante que simpaticamente
nos deu um dedinho de conversa, nos recitou uma quadra sobre Coimbra e ainda
pousou para uma foto com a Pastelita. Foi sem dúvida mais um final feliz a
terminar um dia bem passado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário