“No dia 8 de Março, Nenuco e Pastelita efectuaram o PR3 – Percurso da Grande Fórnea no Concelho de Alvaiázere.”
O percurso iniciou-se junto à Escola do Candal, na freguesia de Almoster. Junto à escola, agora em estado de abandono e até apresentando sinais de vandalismo, ergue-se a capela, onde no recinto limítrofe ainda se vêem os vestígios da ultima festa popular.
Seguimos em direcção a Buchinhas, onde se encontravam as setas de indicação do caminho, optamos por seguir em direcção a Vale da Couda que distava daquele ponto 2,8 kms. Seguindo por um caminho que é conhecido por Estrada Romana, chegamos a umas ruínas onde se distinguia numa delas a existência de uma capela.
Deixando para trás Vale da Couda, continuámos a subir em direcção à Serra de Alvaiázere, por caminhos estreitos e sinuosos, delineados pela passagem das cabras e das ovelhas, assim como grandes afloramentos de lapiás. Ao longo do percurso íamos avistando pistas da passagem destes animais assim como vestígios de javalis. Há que salientar também o colorido da paisagem, de brancos, amarelos, rosas, roxos… tal como o perfume emanado pela grande quantidade de alecrim e orégãos que se avistam por toda a serra. Lamentavelmente as orquídeas ainda não estavam em flor, pois pintariam ainda de mais cor a nossa paisagem, pois por todo lado se avistam diversas espécies das mesmas.
Começando a descer a Serra subtilmente surge-nos a Fórnea do Bufinho, apresentando um olival muito bem cuidado e muito agradável aos nossos olhos, assim como toda a paisagem circundante.
Continuando o percurso, e passando pela Estação Elevatória de Água do Olho do Tordo, chegamos à nascente com o mesmo nome, local de rara beleza onde a água jorra de dentro de um poço, construído pelo homem, que dá origem a uma potente ribeira que deixa apenas de correr em Verões muito secos. Neste local existe também a ruína de um moinho que atesta a presença humana desde tempos mais remotos.
Após a permanência neste bonito local, onde predomina o branco da flor dos agriões e onde apenas se ouve o borbulhar da água, tomámos a tosca estrada de terra batida de volta a Buchinhas, onde retomámos o mesmo caminho até chegarmos de novo ao Candal.
Foi este um percurso muito bonito, onde o ponto alto foi sem dúvida o Olho do Tordo, local que ainda não tem o reconhecimento merecido. O percurso estava muito bem sinalizado, no entanto notamos a falta de alguns locais de lazer, tendo em conta que este é um percurso de cerca de 15 kms e é necessário efectuar algumas paragens para carregamento de “baterias”.
Mais uma vez chegamos ao fim com a sensação de missão cumprida e nada melhor que terminar este dia fabuloso com um jantar de convívio com amigos, na agradável Vila de Alvaiázere.
Informação do Percurso
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