Como íamos para Vagos, achámos oportuno arranjar um percurso pedestre na zona, para rentabilizar a deslocação. Resolvemos efectuar a Rota das Padeiras, com inicio em Vale de Ílhavo.
No Largo da Padeira não havia qualquer indicação de inicio de percurso, as marcas também não eram visíveis, passeámos um pouco pela localidade tentando avistar qualquer indício mas quase em vão… Quando estávamos prestes a desistir, eis que num poste de electricidade descobrimos algo que poderia ser uma marcação, mas ao invés das tradicionais vermelhas e amarelas, surgiam umas cinza e verde já muito esbatidas, talvez a descoloração do tempo…
Adivinhámos que não iria ser uma tarefa fácil em termos de sinalização, mas decidimos avançar, confiando na nossa capacidade de orientação e nas poucas marcações visíveis.
Seguimos pela Rua Nossa Senhora do Alivio, cortando de seguida à direita para a Rua das Lavandeiras, virando mais à frente à direita para o pinhal, até encontrarmos um enorme terreno agrícola do lado direito e do outro o Rio Boco que irá desaguar na Ria de Aveiro.
Circundando a quinta passámos junto a uma fábrica abandonada, desviando aqui para observarmos de perto as margens do rio, seguindo depois a estrada de terra até chegarmos aos Jardins da Ermida, uma urbanização que para já ficou apenas pelos arruamentos e infra-estruturas, em que já transparece algum estado de abandono, tendo o amigo do alheio se munido com as grelhas das sarjetas, as portas dos contadores e tudo que se poderia converter em dinheiro, além de serem visíveis outros actos de vandalismo.
Atravessando este local passámos junto à Quinta do Paço da Ermida e da sua bonita Capela, seguindo depois pela Rua do Paço, sempre por estrada de alcatrão, porque deixámos novamente de avistar as marcas.
Após passarmos junto à Estátua da Padeira e um pouco mais à frente a Associação Cultural e Recreativa “Os Baldas” onde se adivinhava uma alegre cavaqueira, resolvemos prolongar um pouco mais o percurso, passando junto à Igreja da Senhora da Paz, seguindo pela Rua dos Ferreiros e virando para a Rua dos Louros, passando assim junto à Capela e regressando à Rua Nossa Senhora do Alívio onde tínhamos iniciado o percurso.
Sem ser um percurso com muitos pontos de interesse, foi uma mais-valia para descobrirmos mais um bocadinho do nosso país, lamentando apenas o facto de não termos feito convenientemente o trabalho de casa, com vista a procurarmos as famosas padeiras e degustarmos os tradicionais Folares e as Padas que ainda são produzidos artesanalmente pelas padeiras da zona.
Mapa do Percurso |
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