sábado, 11 de julho de 2015

Rota do Volfrâmio – Sazes da Beira

Nos dias 11 e 12 Julho fomos descobrir mais um bocadinho da Serra da Estrela. 


Em caminho para Loriga, passámos acidentalmente por Sazes da Beira graças a um pequeno descuido no caminho. Como sempre, levávamos em carteira alguns percursos pedestres que gostaríamos de fazer. Como a Rota do Volfrâmio era nesta localidade metemos os pés ao caminho, numa distância de 4 km, aproximadamente.

O percurso inicia-se no Santuário de Santa Eufémia, subindo a escadaria até à Capela do Monte Alto. Seguindo depois a estrada de alcatrão, deixámos as ruas da aldeia e entrámos num trilho muito pedregoso numa zona de pinhal, passando por algumas casas tradicionais agora destinadas ao armazenamento de produtos e alfaias agrícolas e seguindo por entre a floresta, começámos a contornar a aldeia, descendo na sua direcção. 

Após vencermos uma zona de difícil passagem, com o caminho completamente tapado de ervas, silvas e mato, entrámos na população junto à Rua do Carvalho, passando por alguns habitantes que se dedicavam à agricultura e outros que se entretinham, levando as cabritas a pastar deambulando por entre a natureza. 

Seguindo por entre o casario de pedra, muitas com telhados de lousa, passámos junto à Igreja Matriz, subindo pela estrada principal. Junto à Junta de Freguesia, edifício onde funciona também o posto de internet, foram colocados alguns bancos onde se pode repousar e observar a bonita vista sobre a aldeia.

Esta aldeia viveu desde sempre, essencialmente da agricultura e da pastorícia. Após a 2ª Guerra Mundial verificou-se uma grande mudança na sua vida social, devido à extracção do minério, nomeadamente do estanho e do volfrâmio, este ultimo que baptizou o nosso percurso. 

Quando a exploração do minério passou a ser mais escassa, muitos habitantes emigraram permanecendo nessa situação, uma grande parte, até aos dias de hoje, sendo esta uma das principais causas para o envelhecimento da população. Actualmente o turismo será a principal fonte de sobrevivência da aldeia devido à sua proximidade à Serra da Estrela, que dista apenas 20 km da Torre, local privilegiado para um refúgio numa região muito calma, com soberbas paisagens verdejantes onde se respira tranquilidade e nos convida a permanecer.

Terminando a nossa caminhada, seguimos em direcção a Loriga, deliciando-nos com uma paisagem natural, deslumbrante e encantadora, da qual se vislumbra um vasto horizonte.

A nossa aventura iria continuar ao longo do fim de semana e ainda antes de chegarmos ao destino, outro cantinho de Portugal seria descoberto por nós….

Mapa do Percurso









































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