Fajão é uma pequena aldeia do concelho da Pampilhosa da Serra, pertencente à Rede das Aldeias do Xisto. Situa-se numa encosta da Serra do Açor, entre enormes blocos de quartzito, não muito longe da nascente do Rio Ceira. Conservando a sua traça original, tem sido alvo de melhoramentos por parte dos seus proprietários.
O Caminho do Xisto de Fajão leva-nos a passear pelo seu património cultural, religioso e natural. Ao longo de 7 Km caminhámos por entre o casario da aldeia, visitando igrejas, capelas e o museu, percorremos trilhos entre a floresta e as margens do Rio Ceira.
Este percurso inicia-se no Largo da Igreja Matriz e atravessa a aldeia, descendo depois até à Ponte do Fajão, passando pela Capela de S. Salvador e da Senhora da Guia. A pequena aldeia de Ponte do Fajão, situada no fundo do vale, rodeada de montanhas, faz lembrar uma aldeia suíça perdida nos Alpes.
Percorrendo algumas das suas ruas estreitas e calcetadas, passámos junto à Torre da capela, para depois descermos aos terrenos agrícolas de encontro à margem do rio, seguindo depois a sua margem por um trilho estreito, muito bonito, sempre com o “Farrusco” por companhia, o cão que se havia juntado a nós no inicio da caminhada, no centro da aldeia do Fajão.
Perto da Ponte do Cartamil, atravessámos o Ceira para a margem esquerda, através de uma frágil ponte de madeira e iniciámos a subida pela Calçada das Voltinhas.
Entretanto o nosso amigo “Farrusco” decidiu almoçar mais cedo, desaparecendo do nada, não respondendo aos nossas chamados…
Era nossa intenção no final da Calçada das Voltinhas, seguirmos para o PR1 e visitarmos a Capela dos Mouros, mas como já íamos um pouco cansados da subida, optámos por deixar para outra oportunidade a Capela dos Mouros e os Penedos da Penalva, que fazem parte do PR1, deixando assim motivo para voltarmos.
Chegando à aldeia degustámos as nossas tradicionais sandochas, numa mesa de madeira junto do lavadouro público, tendo como pano de fundo os telhados de xisto do Fajão e do nosso lado direito, no monte, um rebanho a pastar.
Voltando a passar junto da Escola Primária, descemos um trilho por entre oliveiras regressando às ruas da aldeia, por onde nos passeámos, visitando o Museu Monsenhor A. Nunes Ferreira. O seu espólio inclui xilogravuras, aguarelas de Fajão e objetos pertencentes à história da aldeia (como o seu primeiro telefone público).
E lá estava ele… o malandro do “Farrusco” refastelado junto ao museu. Veio de novo ao nosso encontro e acompanhou-nos na restante visita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário