O percurso de S. Martinho à Praia da Gralha tem cerca de 8.5 km, com uma beleza paisagística fora de série de onde o contraste entre a tranquilidade da baía e o tumulto do oceano são bem evidentes. Estando muito bem marcado, orienta-nos pelas arribas da Serra da Gralha até à Serra dos Mangues, fazendo o seu regresso pelo centro histórico, levando-nos a visitar os locais mais emblemáticos da vila.
Partindo do Parque de Campismo Baía Azul, percorremos a marginal até à Praça Eng. José Frederico Ulrich, local onde oficialmente se iniciava o percurso.
Seguindo em direcção ao cais, passámos junto a vários edifícios de traço histórico e transpusemos o morro Santo António através do túnel, observando paisagens contraditórias em ambas as extremidades. Se de um lado temos as águas calmas da baía e a praia, do outro, as águas revoltas do oceano batem nas rochas com toda fúria.
Através de uma escadaria estreita, subimos o morro, seguindo na direcção do farol, caminhando depois ao longo da falésia por um carreiro, avistando-se no alto a Capela de Santo António, efectuando um desvio, subimos até lá, para contemplar os belíssimos azulejos, onde se encontra a lenda do milagre da formação da baía.
Voltando ao percurso, seguimos por estradão de terra até ao Miradouro do Facho, de onde se deslumbram umas vistas espectaculares pela orla marítima até à Nazaré.
Continuando a percorrer as falésias para norte, vão surgindo diversos moinhos na paisagem e nas arribas sobranceiras à Praia do Salgado virámos perpendicularmente para a Serra dos Mangues, observando os vales férteis existentes a Sul e a Este, onde ainda se pratica a agricultura de regadio. Atravessando a localidade, seguimos em direcção a S. Martinho, passando por uma zona onde os praticantes de parapente se deliciam com uma soberba paisagem e têm as condições ideais para a actividade.
Entrámos na vila pela Rua da Liberdade, passando pela Igreja Matriz, encaminhando-nos para o Miradouro do Adro, contemplando a calmaria das águas da baía. Voltando ao percurso, junto à Fonte da Praça, descemos a calçada D. Pedro V chegando assim ao ponto de partida.
Era hora de nos avantajarmos com um delicioso e merecido almoço, num dos inúmeros restaurantes existentes na localidade e podermos finalmente descansar e refrescar-nos, pois era um típico dia de verão onde o calor já há muito tempo se fazia sentir.
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