No dia 2 de Maio voltámos ao Concelho da Figueira da Foz, para efectuarmos mais um percurso da Rede de Percursos Pedestres da Figueira da Foz.
Já tínhamos efectuado o PR1-Rota de Maiorca ou Rota dos Arrozais, o PR3 – Rota da Boa Viagem e o PR6 – Rota das Salinas, surgiu agora a hipótese do PR2 – Rota de Seiça ser o selecionado.
O percurso inicia-se junto ao Mosteiro de Santa Maria de Seiça, em que a sua referência mais antiga dista do Sec. XII. Com uma fachada bastante bonita, este Mosteiro encontra-se em avançado estado de degradação, tudo fazendo crer que a Câmara da Figueira da Foz vai finalmente proceder à sua preservação, tendo em conta os cartazes que lá foram colocados.
O seu estado de ruína origina o nascimento de muita vegetação nas suas torres e no telhado. As cegonhas também aproveitaram o telhado para fazerem os seus ninhos, é uma constante as avistarmos a espreitar lá do alto, o que apesar de ser uma alegria para os nossos olhos também não contribui para a sua preservação.
Seguimos pela Rua de Nossa Senhora de Seiça, até à capela com o mesmo nome, com a sua original planta octogonal, fazendo dela uma capela distinta das demais. Abandonando este local, seguimos por um caminho à direita até chegarmos a Telhada, onde atravessámos a linha do comboio e fomos encaminhados para os arrozais. A lama e as valas com água dificultaram a continuação do caminho, mas conseguimos ultrapassar o obstáculo com a ajuda de uma ponte improvisada existente no local, formada por alguns sacos de plástico cheios de qualquer material… terra provavelmente…
Atravessámos os arrozais, sempre a ver se conseguíamos encontrar alguns lagostins, surgindo-nos uma nova dificuldade… uma vala com alguma corrente e profundidade. Com a ajuda de duas pedras, já submersas e de um pau, conseguimos fazer a travessia, e fazer o teste às minhas sapatilhas novas… são mesmo impermeáveis J
Continuámos o percurso em direcção ao Sobral, onde a ausência de sinalização se fez sentir. Após deambularmos um pouco na localidade seguimos, em direção a Atouguia, sem a segurança de irmos no caminho correcto, até que miraculosamente apareceu uma placa de madeira, já bastante desgastada, com a indicação de “Rota de Seiça” que nos levou aos arrozais em frente à Vinha da Raínha, local onde no ano passado efectuámos o percurso PR2 - Campos do Pranto – Vinha da Raínha, foi interessante ter uma perspectiva diferente do mesmo local.
Tal como à sensivelmente um ano atrás, as cegonhas esgravatavam em busca de alimento, adornando assim a paisagem.
Finda a passagem pelos arrozais, novamente a falta de sinalização fez-nos entrar na localidade de Porto Godinho, onde solicitámos algumas indicações. Percorrendo algumas estradas de alcatrão conseguimos encontrar o caminho correto, passando por Serrião Alto e Torneira, onde virámos à direita para o pinhal, começando algum tempo depois a avistar ao longe a chaminé existente junto ao convento.
Após descermos o monte chegámos à fonte dos Frades e de imediato à estrada de alcatrão avistando-se a passagem de nível junto ao Mosteiro, terminando assim o nosso percurso.
Foi um percurso com paisagens bastante bonitas, fácil de se fazer. Os declives são pouco significativos, recomendando no entanto que sejam revistos os pontos de passagem de água e a sinalização, pois muita já se deve ter perdido no tempo. Estes dois factores são alvo de dificuldade a quem não conhece alternativas ao percurso originando alguma confusão.
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